IEP

08.10.20 - 11H21

A preservação em nível municipal na cidade do Recife foi inaugurada em 1979, através da Lei 13.957, que criou as atuais Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH). Após a criação das ZEPH, distribuídas esparsamente no território da cidade, o território não preservado em seus polígonos poderia ser compreendido como apto a receber novas edificações e padrões de ocupação.

A partir de 1994, o Departamento de Preservação dos Sítios Históricos (DPSH) deu início a um estudo com o objetivo de ampliar a relação de Edifícios Isolados significativos para a cidade, identificando um acervo que relacionasse ao mesmo tempo qualidade material, estilística, valores simbólicos e elementos que permitissem uma compreensão do processo de ocupação da cidade. Assim, foram catalogados imóveis distribuídos em diferentes áreas do Recife onde se sobrepunham os processos acelerados de renovação urbana e o desejo de preservação dos registros materiais de períodos passados.

O reconhecimento da importância levou à classificação de 154 imóveis para a preservação da memória da cidade e a Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC) – que sucedeu o antigo DPSH – deu continuidade ao processo de preencher esse nosso “álbum de retratos”. Entre 2012 e 2019, mais 105 imóveis foram preservados, ampliando os registros em termos de tempo, espaço e tendência estilística. Atualmente a cidade do Recife conta com 259 IEP distribuídos nas seis Regiões Político Administrativas - RPA.

Os estudos para preservação de outros imóveis de relevância para o Recife é um trabalho contínuo. Desde a criação da Lei em 1997 o órgão de preservação municipal realiza estudos para classificação de novos IEP. Apesar dos estudos serem embasados por documentos técnicos que atestam a relevância dos imóveis para memória da cidade, o caminho para classificação de um IEP passa por uma votação no Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU).